ABSTRACT
O objetivo deste estudo foi comparar a capacidade de selamento de três cimentos endodônticos, RSA (cimento à base de silicone), Endion (cimento à base de ionômero de vidro) e Topseal (cimento à base de resina epóxica), com e sem remoção de smear layer. Noventa dentes humanos extraídos foram selecionados e distribuídos em 6 grupos (n=15), de acordo com os seguintes protocolos: em 3 grupos, a smear layer foi mantida e os canais radiculares foram obturados com cones de guta-percha e com os cimentos RSA, Endion e Topseal, respectivamente. Nos outros 3 grupos, a smear layer foi removida e os canais radiculares foram obturados da mesma forma. A microinfiltração foi avaliada aos 7 dias, 1 mês e 2 meses, utilizando o sistema de transporte de fluído. Os resultados foram expressos em µL/24 h. Os dados foram analisados estatisticamente por meio dos testes não-paramétricos de Kruskall-Wallis e Mann-Whitney. Os resultados demonstraram que o grupo obturado com Topseal sem smear layer apresentou infiltração significativamente menor (p<0.05) que o grupo obturado com cimento RSA sem smear layer, em todos os períodos avaliados. Não houve diferença estatisticamente significante (p>0.05) entre os outros grupos, nos intervalos de avaliação estabelecidos. Os achados deste estudo demonstraram que o cimento à base de silicone (RSA) não apresentou melhor capacidade de selamento que os outros cimentos, na presença ou ausência de smear layer. Dentre os cimentos endodônticos avaliados, o Topseal apresentou os menores valores de microinfiltração.